Futebol Popular: jogadores tentaram, mas “não estavam reunidas as condições”, garante presidente do GCD Paços

Futebol Popular: jogadores tentaram, mas “não estavam reunidas as condições”, garante presidente do GCD Paços
Carta assinada por “jogadores” do Grupo Cultural e Desportivo de Paços e recebida pelo NF na manhã desta sexta-feira dava conta da tentativa de sensibilizar a AFP Fafe para integrar o clube no campeonato de futebol popular sénior. Contactado pelo NF, David Peixoto, presidente do órgão que gere os campeonatos, garante que “não há possibilidade de participar” e enumerou várias razões. Já Rogério Martins, presidente do GCD Paços, lamenta o adiamento de uma situação “que ia acabar assim”. Jogadores contestam desfecho dos acontecimentos.
Já era um dado praticamente certo, uma vez que o GCD Paços não se inscrevera nas competições da AFP Fafe até 25 de setembro, nem esteve presente nos sorteios da última sexta-feira, sete de outubro. O clube pacense, que terminou a última época no 8.º e último lugar do campeonato, sem qualquer ponto somado, não vai participar nas provas da AFPF em 2016/2017. A garantia foi dada pelo presidente da AFPF, David Peixoto, quando confrontado com uma carta recebida pelo NF esta sexta-feira, a dar conta da vontade de um grupo de jogadores – não se sabe ao certo quem, nem quantos – em participar no campeonato popular sénior. “Os prazos de inscrição já expiraram, só que ainda existe possibilidade, basta que todos os clubes concordem”, pode ler-se, na missiva. Ao que o NF apurou, esse mesmo grupo de “jogadores” esteve presente na noite desta quinta-feira, dia 13, pelas 22h00, no Edifício das Associações, na procura de sensibilizar a associação para agregar o Paços nas provas da AFP Fafe. Face a estes episódios, David Peixoto antecipou três motivos para a não-inclusão do GCD Paços na prova: o início dos campeonatos, marcado para este sábado, 15 de outubro; o calendário das provas, já definido e ainda o facto de que “eram só atletas e ninguém se identificou como direção” do clube. Ora, a “possibilidade” adiantada por esses mesmos jogadores ficou em aberto porque os jogadores continuaram a treinar e, segundo Rogério Martins, a AFPF “deu mais uma semana” à direção do clube para tentar a inscrição, que nunca se chegou a concretizar. “No dia 25 [de setembro] eu disse que não íamos entrar. Adiámos uma situação que ia acabar assim”, lamentou Rogério. O edil pacense defendeu a posição complicada da direção do clube no decorrer das últimas semanas. Por um lado, a vontade manifestada pelos jogadores. Por outro, a prudência de não repetir uma época como a anterior e de ter, entre outros fatores, a documentação dos atletas em ordem para inscrição, algo que, assegurou, não se verificava. “Infelizmente, sou o elo de ligação. Gostava de ter a equipa, mas antes do futebol, gosto de ter educação”, referiu. E acrescentou que, com cerca de 15 jogadores, o Paços não formaria equipa para esta temporada. “No ano passado havia jogos em que só tínhamos onze jogadores, não quero repetir isso. Já que não tínhamos a situação resolvida, não entrámos”. Numa nota enviada ao final desta tarde ao NF, os jogadores do GCD Paços reclamaram uma “tardia cooperação” da direção do clube, defendendo que existiam “vinte jogadores a integrar o plantel” e que todos se disponibilizaram “a pagar inscrição e seguro para poder competir”. Face às últimas tentativas dos jogadores em procurar, junto da AFPF, a entrada nos campeonatos, Rogério Martins resumiu o fecho dos acontecimentos a uma só ideia. “O problema é simples. Os jogadores achavam que estavam reunidas as condições. Eu não acho”.

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