Foi arquivado pelo Ministério Público da Suécia o inquérito criminal contra o português Carlos Quaresma, investigado por suspeitas de burla relacionadas com a actividade da fundação AGAPE, uma organização não-governamental da Suécia que tem doado material ortopédico e mobiliário médico a instituições de vários países, incluindo Portugal. Carlos Quaresma, enquanto intermediário da AGAPE para Portugal, contactava Câmaras e instituições de solidariedade social que tivesse interesse em receber esse material para o destinar a quem dele necessitasse, cobrando o transporte do material. Valor que motivou as suspeitas de burla, em Agosto do ano passado, por ser elevado. Em 2011, a Câmara de Fafe chegou a ser contactada por Carlos Quaresma para que fosse efectuado um carregamento com cadeiras de rodas e outro material para Fafe, mas o acordo não chegou a concretizar-se. O Ministério Público Sueco considera que “não é possível provar que a pessoa indiciada como suspeita tenha incorrido em responsabilidade criminal. Não é crível que a continuação do inquérito possa alterar o estado da prova de forma decisiva”, refere o despacho de arquivamento do inquérito, entendendo assim que “deixou de haver razões para prosseguir o inquérito criminal”. O despacho ressalva contudo que o processo poderá ser reaberto se entretanto surgirem novos dados.